quarta-feira, 1 de maio de 2013

Por Juliana Holanda
Pacientes com sequelas causadas por acidente vascular cerebral, portadores de Parkinson e de Alzheimer serão os grandes beneficiados de um estudo que está sendo desenvolvido pelo Instituto do Cérebro (ICe), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em parceria com instituições alemãs.

Os pesquisadores identificaram que a molécula sonic hedgehog (SHH) é capaz de coordenar a conversão de células acessórias ao funcionamento de neurônios, os astrócitos, em estruturas que possibilitam a regeneração do sistema nervoso central, as células-tronco neurais.

Responsável pela transformação das células neurais, a molécula SHH permite ainda a produção de neurônios in vitro. “Abre-se uma nova perspectiva para as terapias celulares em doenças neurológicas”, avalia o professor do Instituto do Cérebro da UFRN Marcos Romualdo Costa.

Atualmente, experimentos do Instituto do Cérebro investigam a capacidade de neurônios gerados a partir de astrócitos se integrarem ao sistema nervoso após a realização de um transplante.  “Esses estudos são fundamentais para avaliar o potencial uso de células para gerar neurônios que possam recuperar os déficits observados em doenças neurológicas”, analisa Marcos Costa.

Único brasileiro participando do estudo, o pesquisador esclarece que os astrócitos isolados em cultura são transformados em neurônios através de técnicas de biologia molecular. Em seguida, os neurônios reprogramados são transplantados para o cérebro de animais e os efeitos dos transplantes passam a ser observados.

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