quarta-feira, 16 de julho de 2014

Parreira reprova técnico de fora e CBF segue demitindo

  Coordenador técnico da seleção brasileira na Copa do Mundo, Carlos Alberto Parreira disse que não vê com bons olhos a chegada de um treinador estrangeiro para dirigir o time nacional, que terminou a Copa do Mundo com o quarto lugar.Com a saída de Luiz Felipe Scolari, o presidente da CBF, José Maria Marin, já admite a possibilidade de contratar um estrangeiro, embora ainda não tenha uma definição. Enquanto isso, a CBF demitiu o médico Luiz Runco e o assessor de comunicação Rodrigo Paiva.
Alexandre LoureiroParreira citou exemplos de técnicos estrangeiros que fracassaram comandando outros países 
 Parreira citou exemplos de
técnicos estrangeiros que fracassaram comandando outros países

"Não há necessidade [de um treinador estrangeiro]. Grandes seleções têm que ter técnico local. O cara de fora que chegar aqui vai sofrer muito. E quando ele começar a entender, já era, já foi...", disse Parreira em entrevista ao programa Bate Bola, do canal ESPN Brasil.

"Não sou contra a ideia, mas acho difícil implementar um trabalho com um treinador estrangeiro. Em seis jogos, se ele perde três, já vão criticar. Acho que tem gente competente aqui para dar continuidade a esse trabalho", afirmou Parreira. Felipão entregou o cargo no sábado, logo após o time brasileiro ter sido derrotado, com facilidade, pelos holandeses, por 3 a 0, em Brasília, na disputa pelo terceiro lugar. A seleção encerrou o Mundial na quarta colocação após uma campanha com três vitórias, duas derrotas e dois empates.

A contratação de um treinador estrangeiro conta também com o apoio de jogadores. Ao deixar o estádio de Brasília, Daniel Alves defendeu a contratação de um técnico nascido no exterior após a série de fiascos no Mundial. "Isso não deu certo na Inglaterra, por exemplo. [Sven Göran] Eriksson foi um fracasso. [Fabio] Capello foi um fracasso maior ainda", disse Parreira, que defendeu o investimento nas categorias de base para que a seleção volte a ter sucesso. "O Brasil é formador de base. Temos que voltar a fazer isso. O Brasil deve incrementar o trabalho de divisões de base e revelar jogadores de alto nível. Os jogadores estão saindo muito cedo do Brasil", concluiu.

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