sábado, 18 de outubro de 2014

PV afasta seis filiados com cargos na Executiva

A direção estadual do Partido Verde afastou seis dos membros da Executiva por assumirem apoio diferente do anunciado pelo partido. Foram afastados o deputado federal Paulo Wagner, o ex-presidente da Câmara Municipal de Natal, Edivan Martins, e ainda Francisco Carlos Carvalho de Melo, Clemilton Olímpio da Silva, João Gentil de Sousa Neto, Jerisson Felipe de França (Rebecka de França).
Alberto LeandroElias Nunes afirma que é inaceitável que filiados destoem das decisões tomadas pelo partido 
 Elias Nunes afirma que é
inaceitável que filiados destoem das decisões tomadas pelo partido

Além disso, a reunião extraordinária do PV decidiu também pela dissolução dos diretórios municipais nas cidades onde os candidatos da legenda não tiveram nenhum voto. Presidente da Comissão de Ética do PV, Elias Nunes explicou que o partido tem 137 diretórios municipais, cada um dos diretórios integrado por 11 pessoas. “Nessa eleição houve municípios onde os candidatos do PV não tiveram nenhum voto, mesmo com a legenda tendo diretório municipal. Ou seja, nem os dirigentes do PV votaram nos nossos candidatos”, comentou Elias Nunes.

Ele explicou que a dissolução dos atuais diretórios municipais levará a indicação de um novo diretório. “É a renovação do diretório em alguns municípios. Estamos fazendo o levantamento sobre em quais cidades os candidatos do partido não receberam nenhum voto”, disse.

Sobre o afastamento dos seis integrantes da Executiva, o presidente da Comissão de Ética explicou que não é uma expulsão, mas apenas um afastamento. “Não podemos aceitar que um integrante da Executiva, com o partido tomando posição por um candidato ao Governo, apóie outro”, afirmou Elias Nunes, fazendo referência ao fato de que a legenda apoia a candidatura do deputado federal Henrique Eduardo Alves, que disputa o Governo pelo PMDB.

O presidente da Comissão de Ética disse que seria inaceitável que integrantes da Executiva destoassem da posição. “O partido se reúne, toma uma posição e depois membros dessa própria Executiva fazem o que lhe vêm à cabeça”, disse. Elias Nunes expôs uma preocupação para não parecer que o PV tem dois posicionamentos. “Qualquer membro do partido pode discordar, mas não os membros da Executiva, porque aí fica parecendo que o partido tem duas conversas”, comentou.

Ao analisar a situação do PV, que deixou as urnas de 2014 sem eleger nenhum deputado federal e estadual, Elias Nunes disse que não é “uma posição ruim” porque o partido tem 30 vereadores no Estado, dois prefeitos e três vice-prefeitos. “Vamos fazer um novo momento para o PV. Tivemos um momento de ouro quando tínhamos deputado estadual, federal, prefeita em Natal. Agora perdemos, mas vamos fazer um novo momento”, destacou.

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